segunda-feira, 22 de março de 2010

Incompatibilidade de horários.

Não sei alguém já se perguntou por que os shows que rolam no Rio de Janeiro, e também em muitas outras cidades do país, começam por volta das 22:00? É por essa questão que começarei a coluna de hoje. Estou abordando esse ponto, pois acho que ele está diretamente relacionado com o baixo comparecimento de público na maioria dos eventos de heavy metal pela cidade maravilhosa. Pelo que observo, aqui no Rio boa parte do público interessado em assistir e prestigiar esses eventos tem contra eles o horário de encerramento. Um show que começa, quando começa, as 22:00 não termina antes das 23:30. Se considerarmos que muitas linhas de ônibus no Rio param de circular justamente nesse horário, que o mêtro e trem não atendem os locais que constumam rolar esses eventos pela cidade, acho pouco provável que alguém saia de casa, para fazer qualquer coisa, sem a certeza de retorno a sua casa com segurança. Claro que existem as exceções, mas não são todos. Sempre que vou a shows no Rio, muitos me dizem que fica complicado ir por causa da volta. Nas Curtas! colocadas na segunda, citei que o Sepultura fará uma apresentação em Portugal com o horário previsto para as 20:00, você não leu errado começará as oito horas da noite. Será que os produtores de Portugal tem mais cuidado com o público que os daqui? Seria importante haver um redução do início do horário de shows de 22:00 para 20:00, acho que isso ajudaria muito a cena no Rio de Janeiro, como em muitos outros lugares do país.

Curtas!

* Bom, sei que fiquei devendo a resenha do show do Dream Theater. Prefiro não fazer comentários, pois pela 3º vez pensei estar indo a um show de heavy metal e vi muito virtuosismo. Sou fã do grupo, mas acho que ainda não entendi as suas apresentações. Para ver o set list da paresentação de sábado, acesse o site Whiplash clicando aqui. (fonte: Whiplash)

* O grupo Eldritch vai entrar no estúdio durante o mês de abril para gravar o seu oitavo álbum de estúdio. O provável título do novo trabalho será "Gaia's Legacy" e deverá marcar o retorno ao som inicial da banda. (fonte: Metal Underground)

* O tecladista Jon Lord (ex-Deep Purple e ex-Whitesnake) está prestes a lançar seu mais recente álbum, intitulado "To Notice Such Things". O material chegará as lojas européias em 29 de março, via Avie Records. (fonte: Metal Talk)

Dica Musical: Elvis 30 # 1 Hits (Elvis Presley)

Um comentário:

  1. Muitas vezes também escuto as mesmas coisas, de várias pessoas de várias classes sociais. Mas não seria porque a maioria das pessoas, que vão a shows, e que tem a possibilidade de pagar a exorbitância do ingresso, tem carro e, além disso muitos saem do trabalho às 18:00, 17:30? Levando em conta nosso transito caótico, onde já levei 3 horas para chegar no lugar onde o show está rolando, principalmente quando esse lugar é a Barra, sinceramente acho que os shows deveriam continuar no mesmo horário, já que muitos vão de ônibus, táxi etc. e ficam presos no transito. Mesmo sendo no centro, como no Circo Voador, onde os ingressos são, na maioria das vezes, mais baratos, o transito não ajuda muito. Sem contar os flanelinhas, a falta de estacionamentos e a falta de segurança. Se os transportes públicos fossem mais organizados certamente teríamos mais público para os shows. Acho que na Europa o tráfego de carros e os transportes públicos, são bem mais organizados. Aqui no Brasil, existe um pouco de má vontade por parte dos organizadores e da política pública, coisa que, acho eu, não acontece na Europa. O que poderia acorrer é uma parceria da organização do show com a secretaria de transportes urbanos e a secretaria de segurança pública. Um exemplo, não muito bem sucedido, mas uma boa tentativa, foram nos shows do Iron, Kiss, Jona Broders (é fui com minha filha, com minha filha!), em 2009, onde o Metrô e os Trens circularam até as 02:30, “garantindo” o retorno do público. Infelizmente não sei se os ônibus participaram deste empreendimento. Sendo assim, sem uma parceria entre a organização do show e os transportes públicos, mesmo se os shows ocorressem mais cedo, continuaríamos com dificuldades em chegar, ou sair.

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