segunda-feira, 27 de maio de 2013

Viagem fantástica no tempo.

YES executa três álbuns em uma noite, apresenta novo vocalista e leva ao delírio fãs carioca em 2 h e 40 min de apresentação.

Quando comprei o ingresso para o show de sábado, a quase 5 meses, estava escrito o nome dos álbuns "The Yes Album", "Close To The Edge" e "Going For The One", Fiquei um tanto intrigado na época, considerando a possibilidade da banda executar os álbuns na íntegra. Com o passar do tempo, as suspeitas foram sendo confirmadas e a expectativa de poder ver e ouvir a banda fazer um show baseado na execução completas dos álbuns me deixou bastante animado. Aliás, não apenas eu, mas um público espetacular compareceu ao Vivo Rio que ficou completamente lotado e com ingressos esgotados. 
A banda subiu ao palco com apenas 10 min de atraso, formada por Jon Davison nos vocais, a grande incógnita da noite, Steve Howe nas guitarras, Geoff Downes, que já tocou com a banda na década de 80 e fez carreira no grupo Asia, nos teclados, Chris Squire no baixo e Alan White na bateria. Apesar de ter três membros clássicos e um ex-membro de peso, a presença do novo vocalista me trazia alguma preocupação. Afinal, a voz de Jon Anderson possui características marcantes e substituí-lo não é uma tarefa das mais simples. Os minutos iniciais do show finalizam as minhas preocupações, pois Jon Davison possui um timbre muito próximo ao de Jon Anderson e mostrou porque a sua escolha para ocupar o vocal da banda. 
Em alguns momentos fechei os olhos e era difícil não achar que Anderson estava no palco. A missão de passar pelos três álbuns da noite começou com "Close To The Edge", lançado em 1972,  considerado por muitos fãs o principal da banda. Em cada faixa que se passa é possível perceber como, apesar dos 41 anos de lançamento, as faixas ainda emocionam. O sistema de som do Vivo Rio estava "tinindo" e cada acorde podia ser ouvido com perfeição. Depois de quase 40 min a primeira parte do show é finalizada, que sem intervalo trás "Going For The One", lançado em 1977. Nessa parte do show o fato interessante foi a entrada de Chris Squire com um baixo de três braços durante a música "Awaken", mostrando toda habilidade do músico pelas 14 cordas do instrumento. 
Aliás, todos os integrantes possem uma qualidade fantástica.  Seve Howe é um guitarrista e violonista completo, Geoff Downes apesar de não de Wakeman possui uma qualidade nos teclados, com uma história que passou pelo Pop em bandas como The Buggles e Asia, Alan White é uma baterista com bastante qualidade. A banda pouco se comunica com a banda, ocorrendo apenas entre o início dos "álbuns", mas nem precisa. A terceira parte da noite chega para trazer a execução do álbum "The Yes Album", de 1971, que considero uma obra prima. Apesar dessa terceira parte conter músicas fantásticas, é em "Clap" que o momento onde ocorrem os maiores aplausos. Um momento para não ser esquecido. Depois dos três álbuns a banda ainda arruma tempo para a faixa "Roundabout", para finalizar a apresentação após 2 h e 40 min. Sem sombra de dúvida um dos melhores shows que já presenciei.
Setlist:
01. Close to the Edge (The Solid Time of Change/Total Mass Retain/I Get Up, I Get Down/Seasons of Man)
02. And You and I (Cord of Life/Eclipse/The Preacher the Teacher/The Apocalypse)
03. Siberian Khatru
04 Going for the One
05. Turn of the Century
06. Parallels
07. Wonderous Stories
08. Awaken
09. Yours Is No Disgrace
10. Clap
11. Starship Trooper (Life Seeker/Disillusion/Würm)
12. I’ve Seen All Good People (Your Move/All Good People)
13. A Venture
14. Perpetual Change
15. Roundabout

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