terça-feira, 13 de setembro de 2011

Noite de Despedida!

Toda despedida é um momento triste, correto? Errado, pois ontem ninguém estava triste. A noite prometia, pois depois de cinco anos Whitesnake e Judas Priest voltavam à cidade para uma turnê conjunta com motivos bem distintos. Enquanto o Whitesnake trazia ao Rio a sua "Forevermore Tour", o grupo Judas Priest passava pela cidade com sua turnê mundial de despedida intitulada "Epitafh". Com o Citibank Hall com um público apenas razoável, as 21 h e 30 min em ponto começa a apresentação do Whitesnake. Como ocorrido em 2005, muita gente perdeu o início do show da banda comandada por Mr. Coverdale. A apresentação começou com a boa faixa "Best Years", do álbum Good to Be Bad, pouco cantada pelo público presente. Não sei se essa foi a melhor escolha, mas foi perfeitamente executada. A segunda da noite, é o sucesso "Give me all your love" que trouxe na sua cola o hit "Love ain't no strager". A banda me passou a impressão de estar pouco sincronizada, mas nada que atrapalhasse. A banda, além do sessentão David Coverdale nos vocais, conta com Doug Aldrich e Reb Beach (guitarra), Michael Devin (baixo) e Brian Tichy (bateria) dava sinais de que alguma coisa não estava "afinada" e executa "Steal your heart away" e "Forevermore". Depois dessas duas faixas, um pequeno solo de guitarra, com Doug Aldrich e Reb Beach. Não posso dizer pelos outros, mas considero que o solo podia não ter existido. Pouco contribuiu com a noite. A sétima música da noite é "Love will set you free", presente no álbum mais recente da banda "Forevermore". Se já não gostei do solo de guitarra, pior seria o solo de bateria de Brian Tichy. O solo de Brian pouco interessante foi dispensável, apesar de certa agitação do público carioca. Depois do solo, a banda traz "Here i go again" e com ela a furiosa faixa "Still of the night". A noite da cobra branca termina com Coverdale cantando com o público "Soldier of fortune", que podia ter sido tocada no formato elétrico, e com Burn/Stormbringer/Burn que apesar ser originalmente da fase de Coverdale no Deep Purple parece ter sido anexada definitivamente ao set da banda.
Em relação as apresentações anteriores do Whitesnake, achei essa bem inferior. A faixa Burn/Stormbringer/Burn, por exemplo, foi executada num ritmo acelerado e deixou ela totalmente descaracterizada. Não vou dizer que o show foi decepcionante, mas esperava mais nos quase 85 min de show da banda.
Setlist:
01. Best years;
02. Give me all your love;
03. Love ain't no strager;
04. Is this love;
05. Steal your heart away;
06. Forevermore;
-- Solo de guitarra
07. Love will set you free
-- Solo de bateria
08. Here i go again
09. Still of the night
10. Soldier of fortune
11. Burn/Stormbringer/Burn

Depois de um intervalo de quase 25 min sobe ao palco, já com o público muito bom em torno de 6.500, o grupo Judas Priest. A banda prometia trazer um show com faixas descrevendo a história da banda e começa com a rápida "Rapid Fire", do álbum “British Steel" de 1980. O público foi ao delírio. A segunda da noite pode ser usada para definir a própria banda: "Metal Gods", também do "British Steel". As duas primeiras faixas já mostravam que o show seria inesquecível. A terceira da noite foi "Heading Out to the Highway", do álbum "Point of Entry" de 1981. Fiquei um tanto surpreso com a escolha da faixa, que ganhou um peso fascinante. Essas três faixas inicias já mostravam que Halford estava em noite inspirada e não iria deixar "pedra sobre pedra". A quarta música foi "Judas Rising", do excelente "Angel of Retribution" de 2005. A faixa permitiu que o guitarrista Richie Faulkner, que ocupa o lugar de K.K. Downing que abandonou a banda, pudesse mostrar aos fãs que eles podiam ficar despreocupados. Além do visual igual ao de KK, Richie mostrava competência e segurança em cada levada.
A quinta faixa da noite traz a inesperada "Starbreaker", do longínquo "Sin After Sin" de 1977. A faixa caiu bem demais. Os anos 70 estavam em alta e a seguinte é "Victim of Changes", do álbum "Sad Wings of Destiny" de 1976, que contou com um solo fantástico de Glenn Tipton. Se Halford estava em noite inspirada, posso afirmar que Glenn destruía em cada acorde. Considero Glenn Tipton é um dos grandes guitarristas do heavy mundial de todos os tempos, mas claro isso é apenas minha opinião. A noite continua com "Never Satisfied", do "Rocka Rolla" de 1974, "Diamonds and Rust", também do "Sin After Sin", com trechos de "Dawn Of Creation", do contestado álbum "Nostradamus" de 2008. Essa foi a senha para trazer "Prophecy", também do "Nostradamus". Essa música cai bem demais ao vivo, apesar de todas as restrições. Depois da passagem rápida pela década de 70, a banda traz "Night Crawler", do fantástico "Painkiller" de 1990, para marcar que tínhamos chegado a metade da noite.
A décima primeira da noite é a faixa "Turbo Lover" uma das minhas favoritas da banda, do álbum "Turbo" de 1986 que foi muito criticado pela mídia especializada da época, levada com uma atuação pra lá de brilhante dos integrantes e duvido que não tenha deixado todos arrepiados. Fantástico. Se o público estava em delírio, foi fácil deixar todos alucinados com "Beyond the Realms of Death", do álbum "Stained Class" de 1978, e "The Sentinel", do excelente álbum "Defenders of the Faith" de 1984. Incrivelmente a banda, apesar do número fantástico de sucessos, ainda tinha mais para mostrar. A décima quarta da noite é "Blood Red Skies", do álbum "Ram It Down" de 1988, seguida da excelente "The Green Manalishi", do álbum "Killing Machine" de 1978, e que apesar de ser originalmente do grupo Fleetwood Mac parece que foi feita especialmente para o Judas. A primeira parte do show é finalizada com "Breaking the Law", do "British Steel", que foi cantada pelo público e não por Halford, seguida do hino metálico "Painkiller", do álbum homônimo "Painkiller". A introdução dessa última mostra como Scott Travis é matador nas baquetas. Delírio total do Citibank Hall.
No primeiro bis da noite é com "The Hellion/Electric Eye", do álbum "Screaming for Vengeance" de 1982, seguida de "Hell Bent for Leather", outra do "Killing Machine", onde Halford entrou no palco pilotando uma moto e finalizado com "You've Got Another Thing Comin'", também do "Screaming for Vengeance", que contou com o guitarrista Rick tocando um pequeno trecho do hino nacional durante seu solo. Emocionante. Para encerrar a noite "Living After Midnight", outra do clássico álbum "British Steel". Uma noite para nunca ser esquecida.
Setlist:
01. Rapid Fire
02. Metal Gods
03. Heading Out to the Highway
04. Judas Rising
05. Starbreaker
06. Victim of Changes
07. Never Satisfied
08. Diamonds and Rust/Dawn Of Creation
09. Prophecy
10. Night Crawler
11. Turbo Lover
12. Beyond the Realms of Death
13. The Sentinel
14. Blood Red Skies
15. The Green Manalishi
16. Breaking the Law
17. Painkiller
Bis 1:
18. The Hellion/Electric Eye
19. Hell Bent for Leather
20. You've Got Another Thing Comin'
Bis 2:
21. Living After Midnight

Curtas!
* Ben Harper no Brasil em dezembro: 03/12 Porto Alegre-RS (Pepsi OnStage), 04/12 Florianópolis-SC (Stage Music Park), 06/12 Belo Horizonte-MG (Chevrolet Hall), 07/12 Brasília-DF (Tenda da UnB), 09/12 São Paulo-SP (Via Funchal), e 10/12 Rio e Janeiro-RJ (HSBC Arena). (fonte: UOL)

* O grupo Inocentes acaba de relançar alguns de seus discos clássico: “Pânico em S.P.”, de 1986 e que traz seis faixas extras; “Adeus Carne”, de 1987; e “Inocentes”, de 1989. (fonte: Cidade Web Rock)

* Elvis Presley vai finalmente ganhar um filme contando a sua história. O cineasta John Scheinfeld, reponsável por documentários sobre John Lennon e Harry Nilsson, vai dirigir a produção "Fame & Fortune". (fonte: KISS FM)

Vídeo dica!
Deixo aqui a música "One Way Ticket Down To Hell" com o grupo Days of Anger. Confira:


Dica Musical: Holy Diver (Dio)

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