Em noite de muito improviso e carisma, Steve Vai conquista o Circo Voador e faz apresentação avassaladora em solo carioca.
Fazer essa resenha foi difícil, pois não estava encontrando palavras ou como descrever a apresentação do guitarrista Steve Vai no Rio de Janeiro. Deveria ser fácil, afinal descrever o que um dos melhores guitarristas fez no palco não é uma tarefa, certo? Errado. Devido a genialidade e capacidade de improviso de Vai, tentar descrever a apresentação ocorrido em solo carioca é sempre incompleta. Talvez tenha que começar falando do bom público presente para ver e ouvir a apresentação do guitarrista, mesmo em um mês onde as pessoas economizam para comprar os presentes natalinos. Talvez o preço de R$ 100,00 tenha ajudado, mas de fato um excelente público estava presente.
Com uma pontualidade britânica a banda subiu ao palco as 23 h, acompanhado de Philip Bynoe (baixo), Dave Weiner (guitarra) e Jeremy Colson (bateria), trazendo as músicas "Racing the World" e "Velorum". Se alguém tinha alguma dúvida se o show seria voltado para o rock ou apenas virtuosismo, elas foram por terra. Como uma furacão, Vai passou pelas duas faixas com velocidade e muito virtuosismo. Ótimo início. Nas duas primeiras músicas foi possível perceber a excelente equalização do som, muito acima do que tem ocorrido em outros shows na cidade. O set seguinte trás as músicas "Building the Church", "Tender Surrender" e "Gravity Storm", que como nas demais músicas dá noite receberam mais desenvolvimento dos solos. Não é apenas nos solos que Vai se destacava, muito comunicativo com o público e carismático mostrou estar muito a vontade e feliz por estar se apresentando no Rio de Janeiro. O público respondia e interagia com o músico e a ambiente tornou-se propício para o músico explorar sua técnica. Se público colaborava para deixar Vai a vontade, a banda que acompanhou o músico permitia a ele explorar todo o potencial em cada música.
Philip Bynoe, que ganhou por três vezes o premio Emmy Award como o melhor baixista dos EUA, esteve impecável em seu baixo de seis cordas, Dave Weiner vem trabalhando com Vai desde 2001 e além de guitarra base faz suas graças durante o show e finalmente Jeremy Colson, que trabalhou com Billy Idol e conhecido pela sua capacidade de improviso. Com uma banda dessa as coisas ficam bem mais tranquilas. A qualidade geral faziam o tempo voar e cada solo de Vai levava o público ao delírio. No set "The Trillium's Launch" (cover de Dave Weiner) , "Weeping China Doll" e "Answers" mostra que além de suas próprias composições, Vai sabe explorar faixas compostas por outros músico. O mais interessante é que a performance de Vai não é restrita a sua capacidade técnica, ela envolve muito movimento corporal e mudança de visual durante o show. Apesar de não considerar isso importante, reconheço que essas coisas fazem diferença durante a apresentação.
A noite teve uma surpresa, depois do set com as músicas "The Animal", "Whispering a Prayer" e "The Audience Is Listening", Vai larga a guitarra e passa para um momento mais intimista executando as músicas "The Moon and I/Rescue Me or Bury Me", "Sisters/Salamanders in the Sun" e "Treasure Island/Fire Garden Suite II - Pusa Road" sentado e mostrando que no violão o músico é fantástico. Diferente e mesmo considerando que "set acústicos" são muitas vezes desnecessários, esse quase acústico foi sensacional. Depois do momento acústico outro ponto alto foi o solo de bateria de Colson, fugindo do comum o músico soube explorar a variação de ritmos e se inspirou em Neil Peart, utilizando um base pré gravada para mostras sua capacidade música. Perfeito! Com a apresentação chegando ao seu final Vai chama três fãs do público e pede para ele conduzirem o ritmo de uma música. Mesmo com os ritmos sendo variados, pelos propostos pelos "convidados", Vai e seus músicos conseguem "tirar" uma música no improviso.
O show via chegando ao seu final e são executadas "The Ultra Zone", "Frank" e "Build Me a Song", antes da música mais esperada da noite: "For the Love of God". Depois de um solo magnífico e com muita emoção a noite é encerrada. Minutos depois músico e banda retornam para o bis e executar a música "Fire Garden Suite IV - Taurus Bulba". Vai agradece muito ao público e finaliza a apresentação de 2 h e 30 min que passou voando. Uma noite sensacional e que mostrou uma músico maduro e completo. Posso arriscar que tenha sido um dos melhores shows em solo carioca em 2014.
Setlist:
Philip Bynoe, que ganhou por três vezes o premio Emmy Award como o melhor baixista dos EUA, esteve impecável em seu baixo de seis cordas, Dave Weiner vem trabalhando com Vai desde 2001 e além de guitarra base faz suas graças durante o show e finalmente Jeremy Colson, que trabalhou com Billy Idol e conhecido pela sua capacidade de improviso. Com uma banda dessa as coisas ficam bem mais tranquilas. A qualidade geral faziam o tempo voar e cada solo de Vai levava o público ao delírio. No set "The Trillium's Launch" (cover de Dave Weiner) , "Weeping China Doll" e "Answers" mostra que além de suas próprias composições, Vai sabe explorar faixas compostas por outros músico. O mais interessante é que a performance de Vai não é restrita a sua capacidade técnica, ela envolve muito movimento corporal e mudança de visual durante o show. Apesar de não considerar isso importante, reconheço que essas coisas fazem diferença durante a apresentação. 
01. Racing the World
02. Velorum03. Building the Church
04. Tender Surrender
05. Gravity Storm
06. The Trillium's Launch (cover de Dave Weiner)
07. Weeping China Doll
08. Answers
09. The Animal
10. Whispering a Prayer11. The Audience Is Listening
12. The Moon and I / Rescue Me or Bury Me
13. Sisters / Salamanders in the Sun
14. Treasure Island / Fire Garden Suite II - Pusa Road
** Solo de Bateria
15. The Ultra Zone
16. Frank
17. Build Me a Song
18. For the Love of God
Bis:
19. Fire Garden Suite IV - Taurus Bulba
Nenhum comentário:
Postar um comentário