Em apresentação consistente e cheia de fúria, Sodom leva fãs cariocas ao êxtase em sua primeira apresentação na capital Fluminense.
Uma das mais importantes do thrash metal aterrizou na última terça-feira no Rio de Janeiro, para realizar sua primeira apresentação para o público carioca. Em um ano que tem sido recheado de apresentações metálicas na cidade, essa era mais uma boa opção para os fãs de heavy metal. Quando cheguei ao Teatro Odisseia me surpreendi com o excelente público que formava um grande fila na porta da casa de espetáculos, indicando que haveria casa cheia. Após entrar percebi que estava errado em relação ao público, a casa na realidade estava completamente lotada.
Foi nesse cenário que o trio alemão, formado por: Tom Angelripper (baixo), Bernd "Bernemann" Kost (guitarra) e Markus Freiwald (bateria) subiu ao palco. Depois de uma breve introdução a banda executa a faixa: "In War and Pieces", título do seu penúltimo álbum. Já na primeira música era perceptível que a noite prometia e a segunda da noite é a fantástica "Sodomy and Lust". A galera foi ao delírio. As duas faixas seguintes, "M-16" e "Outbreak of Evil" são executadas com uma violência impressionante, que agitou todos os presentes e fez o pequeno Teatro Odisseia ferver. As "rodas" tomaram conta da casa quando a banda trouxe a música "Surfin' Bird", cover do grupo The Trashmen e que ficou conhecida pela versão com o grupo Ramones. Simplesmente alucinante.
Se o público estava em delírio com a apresentação da banda, a recíproca era verdadeira. Era impressionante a sintonia entre banda e público. Os integrantes se mostravam bastante motivados pela recepção dada pelo público carioca, principalmente por que ao final de cada música os fãs gritavavam o nome da banda e especial do baixista e fundador Tom Angelripper. Sem dar tempo para respirar, a banda trás as músicas: "The Saw is the Law", do álbum "Better Off Dead" e lançado em 1981, "Burst Command 'til War" e "Proselytism Real", do álbum de estéia "Obsessed by Cruelty" de 1986. A metade do show chegava com a faixa "Among the Weirdcong" e comecei a notar que a lotação da casa produzia efeitos. Apesar de considerar o Teatro Odisseia uma boa casa de shows, dentro das possibilidades existentes, o sistema de climatização é inexistente. Com a lotação total da casa, e com a agitação do público, a temperatura subiu muito fazendo o Odisseia parecer uma sauna. Algo que precisa ser resolvido o quanto antes.
Voltando a falar do show, a banda executa "Ausgebombt" que teve um solo incrível de Bernemann, aliás o guitarrista mostrou uma competência sem igual durante a apresentação, e "The Art of Killing Poetry". Finalizando a primeira parte do show e antes do bis a banda trás as músicas "The Vice of Killing", do álbum "Code Red" de 1999, "Agent Orange", do álbum de mesmo nome e lançado em 2011, e a cover do Motörhead "Iron Fist", com Tom colocando o microfone na mesmo posição de Lemmy. Fantástico! A noite vai chegando ao seu final e são executadas a excelente "City of God", e os clássicos "Blasphemer" e "Bombenhagel", sendo essa última cantada por todos os presentes. Uma noite onde posso garantir que todos saíram mais que satisfeitos, numa verdadeira aula de heavy metal.
Setlist:
02. In War and Pieces
03. Sodomy and Lust
04. M-16
05. Outbreak of Evil
06. Surfin' Bird (cover de The Trashmen)
07. The Saw is the Law
08. Burst Command 'til War
09. Proselytism Real
10. Among the Weirdcong
11. Ausgebombt
12. The Art of Killing Poetry
13. The Vice of Killing
14. Agent Orange
15. Iron Fist (cover do Motörhead)
Bis:
16. City of God
17. Blasphemer
18. Bombenhagel
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