O sábado carioca, véspera das eleições municipais, trazia a cidade duas boas opções para serem conferidas: Evanescence, no HSBC Arena, e o encontro das bandas Centurias, Salário Mínimo, Metalmorphose e Stress, na Lona Cultural de Realengo. Na tive dúvida, preferi presenciar a história do metal nacional. Cheguei a Lona Cultural de Realengo quase as 22 h achando que poderia um pouco atrasado, visto que o evento estava previsto para ter início as 21 h.



Setlist Centurias:
01. Guerra e Paz
03. Não pense, não fale
04. Senhores da Razão
05. Inúteis palavras
06. Ninja
07. Fortes olhos
08. Cidade perdida
09. Arde como fogo
10. Duas rodas
11. Portas negras
12. Metal comando
Depois de um pequeno intervalo para trocas e ajustes de equipamentos é a vez do grupo Salário Mínimo subir ao palco da Lona. A banda atualmente formada por: China Lee (vocal), Daniel Beretta e Júnior Muzilli (Guitarra), Diego Lessa (baixo) e Marcelo Campos (bateria), começa seu show já encontrando um público um pouco maior que o Centurias. Não vou negar que estava com certa expectativa de ver ao banda ao vivo, muito em função do excelente álbum "Simplesmente Rock", lançado em 2010. O show começa com o novo e o clássico, a primeira é excelente "Eu não quero querer mais", seguida do clássico " Beijo fatal".

Com a apresentação da banda chegando ao seu final, são trazidas as faixas: "Delírio estelar", que foi regravada para o mais recente trabalho da banda e que foi gravada originalmente para o álbum S.P. Metal, "Jogos de guerra" e "Cabeça Metal". A banda mostrou uma competência construída com toda bagagem dos integrantes mais experientes e atitude dos mais jovens. Não é atoa que o Salário tem sido chamado para participar do show de abertura de tantas bandas importantes que tem passado pelo Brasil.
Setlist Salário Mínimo:
01. Eu não quero querer mais
03. Anjos da escuridão
04. Doce vingança
05. Dama da noite
06. Sofrer
07. Anjo
08. Noite de rock
09. Delírio estelar
10. Jogos de guerra
11. Cabeça metal
Depois de mais um intervalo é a vez do grupo carioca Metalmorphose subir ao palco com: Tavinho Godoy (vocal), PP Cavalcante e Leon Manssur (guitarras), André Delacroix (bateria) e André Bighinzoli (baixo). A banda que lançou esse ano o álbum "Máquina dos Sentidos" tinha uma missão um tanto ingrata, fazer uma apresentação melhor que do grupo Salário Mínimo.

Se até a quinta música os recentes trabalho ganharam mais atenção, chegava o momento de executar "Desejo imortal", presente no split "Ultimatum" e que foi lançado em 1984 com o grupo Dorsal Atlântica. Aliás essa faixa recebeu uma batida furiosa de André. Um detalhe sobre o baterista é que ele parece querer destruir seu instrumento, tal a violência com que usa as baquetas. A banda volta ao novo trabalho com as duas boas músicas "Passados incompletos" e "Livres para sonhar". A noite de apresentação do Metalmorphose termina com as música "Minha Droga é o Metal", excelente faixa do álbum Maldição e que foi cantada por todos os presentes, e "Cavaleiro negro", do álbum "Ultimatum".
Setlist Metalmorphose:
01. Luta
02. Jamais Desista
03. Metrópole
04. Maldição
05. Máscara
06. Desejo imortal
07. Passados incompletos
08. Livres para sonhar
09. Minha droga é o metal
10. Cavaleiro negro
A banda mais esperada da noite subiu ao palco depois das 2:30 da madrugada de sábado para domingo formada por: Roosevelt Bala (vocal/baixo), Paulo Gui (guitarra) e André Chamon (bateria), para um público que não arredou pé da Lona. Apesar de alguns problemas de ajustes no som, a apresentação do grupo começa com a faixa "Sodoma e Gomorra" um verdadeiro petardo. É muito legal poder ver e ouvir um dos ícones do metal brasileiro, executando uma música que agitou bastante minha cabeça nos anos 80.
Apesar do avançado horário o público se mostrava bastante receptivo com a banda, cantando as faixas do início ao fim. Apesar dos 30 anos de carreira o Stress continua muito competente e cheio de energia em cima do palco, Bala está mandando muito bem nos vocais, apesar de não atingir os agudos de outros tempos, e mantendo o controle nas cordas do baixo, André se mantém seguro nas baquetas, mantendo a pegada forte nas baquetas, e Paulo arrasou em cada levada na guitarra. Sobre o guitarrista vou destacar não apenas a sua seguranças nas músicas, mas principalmente os solos que foram impecáveis. Me atrevo a dizer que se ele estivesse em qualquer banda estrangeira muita gente estaria aclamando seu trabalho. Precisamos valorizar mais os músicos brasileiros, esse cara é um baita guitarrista. A apresentação da banda passou por faixas como: "Heavy Metal", "Não Desista", "Mate o Réu", "Flor Atômica", todas do álbum Flor Atômica e que foi lançado em 1985, e posso dizer com certeza que são músicas fantásticas.
Quem nunca escutou deveria ouvir e entender o que estou dizendo, mesmo por que elas fazem parte da rica história do heavy metal brasileiro. A banda também passou pelas faixas mais recentes "Coração de Metal", "Brasil Heavy Metal" e a inédita "Heavy Metal é a Lei", mostrando que apesar do tempo a banda ainda é capaz de fazer sons atuais e "matadores". Com certeza uma noite de celebração do metal nacional e tomara que o encontro possa ser repetido. Torço que de uma próxima vez o público possa ser um pouco maior.


Setlist Stress:
Em breve.
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