A sexta-feira de chuva no Rio de Janeiro trazia duas possiblidades de shows: Martin Turner's Wishbone Ash, que prometia executar aclamado álbum "Argus", e Jon Anderson, ex-vocal do Yes que pretendia um show de voz e violão. A minha opção foi por Martin Turner, pois pretendia ver e ouvir algo mais Rock no final da minha sexta-feira. Devido a chuva cheguei no Teatro Rival por volta 19:40 achando que a apresentação já poderia ter começado, mas para minha sorte houve um atraso de quase 50 min para o início do show. O músico Martin Turner subiu ao palco acompanhado dos músicos Ray Hatfield, Danny Willson, nas guitarras, e Dave Wagstaffe, na bateria, para se apresentar para um público ansioso e que lotava o Teatro Rival. Aliás, como é legal ver shows lotados na cidade. O show começou com a faixa: "Why Don’t We?", do álbum Here to Hear de 1989, que foi bem recebida pelo público.
Apesar do Teatro Rival possuir boa acústica, o som da guitarra de Ray estava bem abaixo dos outros instrumentos. Isso ficou claro nas faixas: Front Page News" e "Lady Jay". Com estava perto do pessoal de controle do som, percebi algumas reclamações sobre isso e já na quarta faixa da noite "The Ballad Of Beacon" a equalização foi corrigida. Mesmo com uma boa execução de cada uma das música, achei o ritmo da banda um tanto lento e por alguns minutos cheguei a duvidar se minha escolha pelo show de Martin havia sido a correta. A minha dúvida começou a ser retirada a partir da música "Rock 'n Roll Widow", presente no álbum Wishbone Four de 1973, que foi tocada com precisão. A primeira parte do show termina com as faixas "The Way Of The World", "The Pilgrim" e a excelente "No Easy Road", que finalizou a primeira parte do show. Uma coisa ficou clara, apesar de continuar um exímio baixista Martin está claramente com pouca potência vocal.
Depois de 15 min de intervalo a banda retorna ao palco para executar as faixas do álbum "Argus", lançado em 1972. Os primeiros acordes de "Time Was" já levantou o público e começou a mostrar a qualidade da banda que acompanhava Martin. Essa qualidade ficou clara nas músicas "Sometime World" e "The King Will Come", sendo que nessa útima Ray Hatfield fez um solo daqueles de tirar o fôlego e levou o público ao delírio no Rival. O solo foi tão fantástico que Danny Willson de um beijo no rosto de Ray. Antes de tocar a mais pedida pelo público, é executada "Leaf and Stream" para trazer com ela a faixa: "Warrior". que vinha sendo pedida a todo momento durante a apresentação. Achei estranho quando a banda executou "Throw Down the Sword", que finaliza o álbum Argus, pois estava faltando a música "Blowin’ Free". Espertamente ela foi colocada por último para levantar o público. Minhas dúvidas tinham acabado, tinha feito a escolha certa.
No bis a banda executa as faixas: "Persephone", "Living Proof" e "Jail Bait". Finalizando uma apresentação de quase 2:20 de muito rock, com uma qualidade fantástica. Quem esteve no Teatro Rival saiu em delírio depois de ver um show memorável e com a certeza que valeu sair de casa numa sexta-feira chuvosa para ver um grande músico acompanhado de sua excelente banda.
Set list:
01. Why Don’t We?
02. Front Page News
03. Lady Jay
04. The Ballad of Beacon
05. Rock n’ Roll Widow
06. The Way of the World
07. The Pilgrim
08. No Easy Road
- - (intervalo)
09. Time Was
10. Sometime World
11. The King Will Come
12. Leaf and Stream
13. Warrior
14. Throw Down the Sword
15. Blowin’ Free
Bis:
16. Persephone
17. Living Proof
18. Jail Bait
02. Front Page News
03. Lady Jay
04. The Ballad of Beacon
05. Rock n’ Roll Widow
06. The Way of the World
07. The Pilgrim
08. No Easy Road
- - (intervalo)
09. Time Was
10. Sometime World
11. The King Will Come
12. Leaf and Stream
13. Warrior
14. Throw Down the Sword
15. Blowin’ Free
Bis:
16. Persephone
17. Living Proof
18. Jail Bait
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