quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pacote de resenhas: Marillion, Lacuna Coil e Amon Amarth.

MARILLION (10/05/2014)
Em um Vivo Rio com excelente público banda britânica faz boa apresentação, mas fica devendo alguns clássicos.

Menos de dois anos após passar pela Capital Fluminense o grupo Marillion subiu mais uma vez o palco do Vivo Rio. Diferente da turnê passada, essa prometia passar pelos grande sucessos da carreira da banda. A possibilidade de uma releitura ao vivo dos clássicos parece ter animado os fãs, pois muita gente compareceu ao Vivo Rio esse ano. Em comparação ao ano passado, posso estar errado, arriscaria que quase o dobro de pessoas compareceu ao show do grupo.
Parece que a grande platéia animou a banda, pois os músicos apresentavam um sorriso no rosto durante toda apresentação. É inegável que o Marillion possui músicos pra lá de competentes, Steve Hogarth é vocalista e ator interpretando cada música, Steve Rothery é um dos grande guitarrista do rock pop progressivo que existem, sentimento, técnica e improviso marcam sua presença no palco, Pete Trewavas é um baixista com muito recurso, Mark Kelly dá o tom certo nos teclados em cada faixa e Ian Mosley é muito competente nas baquetas, sabendo dosar técnica e força nos momentos certos. Com os músicos com tanta qualidade e sem os problemas técnicos do ano passado (ver resenha aqui) tinha tudo para superar a apresentação do ano passado. Afinal a apresentação desse ano prometia ser baseada nos grandes sucessos, como já falado, mas parece que ficou apenas na promessa. É fato que depois da saída de Fish o grupo tomou outros caminhos e Hogarth foi fundamental para essa mudança, que na minha opinião foi boa. A questão é que se a turnê era de grandes sucessos, ela deveria fugir do tradicional e incluir outras músicas da fase Fish. Você pode estar achando que achei o show ruim, mas não é verdade. A banda fez mais um grande show, com momentos fantásticos. Com um setlist composto de boa música e sendo executadas perfeitamente, o grupo conquistou o público e deixou os fãs pra lá de satisfeitos. Os pontos altos da noite foram as faixas: "Easter", "Cover My Eyes", "Hooks in You" e "Neverland".
Setlist
01. Gaza
02. Easter
03. Beautiful
04. Power
05. Ocean Cloud
06. No One Can
07. Warm Wet Circles
08. That Time of the Night (The Short Straw)
09. Cover My Eyes (Pain and Heaven)
10. Hooks in You
11. Man of a Thousand Faces
Bis 1
12. Kayleigh
13. Lavender
14. Heart of Lothian
Bis 2
15. Neverland

LACUNA COIL (11/05/2014)
Com muita energia e interação com o público, banda italiana agita o Circo Voador e se recupera de show morno em passagem anterior.

Um ano pode fazer muita diferença para uma pessoa e pelo visto para uma banda também. Essa foi a sensação que tive ao sair da apresentação da banda italiana Lacuna Coil. Em seu retorno ao palco da sua última apresentação no Rio de Janeiro, o grupo trouxe um público um pouco menor que do ano passado. Isso reflexo talvez de uma apresentação irregular de 2013.
O que posso dizer é que quem não foi perdeu um bom show. A banda subiu ao palco do Circo Voador com um pequeno atraso trazendo a turnê do seu mais recente trabalho, "Broken Crown Halo", e formada por Cristina Scabbia (vocal), Andrea Ferro (vocal), Marco Biazzi (guitarra), Marco Coti Zelati (baixista) e Ryan Blake Folden (bateria). Essa já foi a boa surpresa, visto que no ano passado a banda veio sem baixista e contanto com sample para fazer a parte do baixo em suas músicas. No mínimo lamentável. Esse ano foi diferente, com uma escolha de setlist que botou todo mundo pra agitar e liderado pela sensual Cristina Scabbia as músicas foram sendo executadas de forma consistente e com muita qualidade, mesclando música composições de quase todas as fases. Se Cristina contagia o público pela voz e sensualidade, Marco não fica parado, agitando e comandando o público em cada música. Se a apresentação do ano passado deixou dúvidas sobre a qualidade da banda, a desse ano não apenas apagou essa má impressão como deixou o público muito satisfeito. É impossível não mencionar o bom papel feito pelos demais membros da banda, com destaque para o baterista Ryan Blake que em certos momentos parecia ter oito braços. Destaque para as músicas: "Trip the Darkness", "Zombies" e "I Don't Believe in Tomorrow".
Setlist
01. Trip the Darkness
02. Kill the Light
03. Die & Rise
04. Swamped
05. Intoxicated
06. Victims
07. Fire
08. To the Edge
09. Fragments of Faith
10. Zombies
11. Heaven's a Lie
12. Fragile
13. Upsidedown
14. Hostage to the Light
15. Spellbound
Bis
16. I Don't Believe in Tomorrow
17. Nothing Stands in Our Way
18. Our Truth

AMON AMARTH (18/05/2014)
Banda lota o Circo Voador, faz apresentação avassaladora, conquista o público e promete voltar.

Culto a Odin. Esse pode definir a apresentação do grupo Amon Amarth no Rio de Janeiro. Em sua terceira passagem pelo Brasil, mas sua primeira em solo carioca, a banda trazia a turnê do bom álbum "Deceiver of the Gods". A trupe subiu ao palco do Circo Voador, que recebeu um excelente público, no horário marcado com Johan Hegg (vocal), Olavi Mikkonen (guitarra), Johan Söderberg (guitarra), Ted Lundström (baixo) e Fredrik Andersson  (bateria).
O chamado death metal melódico começou a mostrar suas garras logo na primeira música da noite, "Father of the Wolf", dando a pista que de melódico exite pouco ao vivo. O que rola mesmo é uma fúria ensurdecedora, com uma vitalidade surgida nos templos de Asgaard. O vocalista Johan Hegg comanda a banda com uma garganta poderosa, que muita vezes lembra grunhidos furiosos de algum animal aprisionado, e muita simpatia. Pode parecer estranho, mas ele mesmo com uma postura furiosa no palco foi muito comunicativo com o público e mostrou estar muito satisfeito com a reação dos fãs em cada música. Não é apenas o vocalista que mostra sua fúria, os guitarristas Olavi e Johan podem não ser fantásticos mas não comprometem e fazem bons solos. Fredrik é um monstro nas baquetas e Ted Lundström é muito competente nas cinco cordas. Apesar de alguns pequenos problemas no som, a banda foi passando pelo setlist programado, que passou por várias fases da carreira, com uma qualidade e uma empolgação incrível. Tenho certeza que quem esteve no Circo voltou pra casa com a sensação de ter visto um dos melhores shows que passaram pela cidade esse ano. Se a promessa de Hegg de voltar em breve se confirmar, é melhor ir preparando os tímpanos. Como pontos altos, difícil escolher, posso citar: "Father of the Wolf", "Deceiver of the Gods", "Runes to My Memory", "War of the Gods" e "Twilight of the Thunder God".
Setlist
01. Father of the Wolf
02. Deceiver of the Gods
03. Death in Fire
04. Free Will Sacrifice
05. As Loke Falls
06. We Shall Destroy
07. Guardians of Asgaard
08. Blood Eagle
09. Warriors of the North
10. Runes to My Memory
11. Varyags of Miklagaard
12. The Last Stand of Frej
13. Destroyer of the Universe
14. Cry of the Black Birds
15. War of the Gods
Bis
16. Twilight of the Thunder God
17. The Pursuit of Vikings

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