Em 2 h de apresentação, com parte acústica e elétrica, Joe Bonamassa mostra competência e que Eric Clapton tem um sucessor.
Um homem não pode cometer o mesmo erro duas vezes, sendo assim eu não poderia deixar de assistir a apresentação de Joe Bonamassa no Rio. O equívoco cometido no ano passado me deixou um tanto furioso, pois devia estar com a cabeça na Lua para fazer isso. Enfim, era a hora e o dia de me redimir. Parti para o Vivo Rio pensando em encontrar a casa cheia, mas fiquei um tanto surpreso em ver um público apenas razoável na casa. Algo em torno de 40% da capacidade total.
A apresentação programada para as 20 h começou sem qualquer atraso, com Joe trazendo um set acústico para começar a noite. Nesse início, um pouco mais intimista, o músico trouxe as músicas "Palm Trees Helicopters and Gasoline", "Seagull", cover do grupo Bad Company, "Jelly Roll", cover do baixista Charles Mingus, "Athens to Athens", para finalizar com "Woke Up Dreaming". Essas cinco faixas mostraram que mesmo no violão Joe não deixa a peteca cair, sendo possível trazer o blues do velho Mississippi ao solo carioca.A segunda parte da noite começa quase simultaneamente ao final da primeira, com Joe acompanhado da sua banda: Carmine Rojas (baixo), Derek Sherinian (teclado) e Tal Bergman (bateria), para trazer a música "Dust Bowl" e com ela uma explosão de blues e rock. As duas faxias seguintes mostram toda qualidade musical de Joe: "Story of a Quarryman", que teve um solo fantástico, e "Who’s Been Talking?", cover de Howlin’ Wolf.
Duas coisas precisam ser ditas sobre a apresentação de Joe, a primeira é que apesar de possuir músicas muito boas Joe sabe aproveitar grandes músicas de outros artitas em suas apresentações e a segunda é que ele pouco falou com o público. Antes de voltar a usar mais alguns covers, Joe executa "Someday After a While", "Dislocated Boy", essa com Joe usando uma guitarra de dois braços e que teve um solo daqueles de tirar o chapéu, "Driving Towards the Daylight", faixa título do álbum de estúdio mais recente do guitarrista, e "Slow Train". Era impossível tirar os olhos do palco e não viajar em cada acorde. A noite vai chegando ao final com dois covers: "Midnight Blues", cover de Gary Moore que recebeu aplausos entusiasmados, "Spanish Boots", cover de Jeff Beck, e com a música "Song of Yesterday", do sua ex banda Black Country Communion. Antes do bis "Django" e "Mountain Time".
Para finalizar a noite duas músicas são escolhidas "Sloe Gin", cover de Tim Curry e que ganhou uma versão de aproximadamente dez minutos, e o maior sucesso do músico "The Ballad of John Henry". Uma noite fantástica de muito blues e rock, que deixou claro que Eric Clapton tem um sucessor.
Setlist:
01. Palm Trees Helicopters and Gasoline / (versão acústica)
02. Seagull (cover de Bad Company) / (versão acústica)
03. Jelly Roll (cover de Charles Mingus) / (versão acústica)
04. Athens to Athens / (versão acústica)
05. Woke Up Dreaming / (versão acústica)
06. Dust Bowl
07. Story of a Quarryman
08. Who’s Been Talking? (cover de Howlin’ Wolf)
10. Dislocated Boy
11. Driving Towards the Daylight
12. Slow Train
13. Midnight Blues (cover de Gary Moore)
14. Spanish Boots (cover de Jeff Beck)
15. Song of Yesterday (Black Country Communion)
16. Django
17. Mountain Time
Bis:
18. Sloe Gin (cover de Tim Curry)
19. The Ballad of John Henry
Curtas!
* O site UOL listou os "25 shows que você gostaria de ter visto (ou visto novamente)", os cinco shows mais significativos foram: 1º Festival de Woodstock (1969), 2º Festival Começo do Fim do Mundo em São Paulo (1982), 3º Nirvana no Reading Festival (1992), 4º Radiohead na Praça da Apoteose (2009), 5º KISS no Maracanã (1983). (fonte: UOL)
* A história do Mamonas Assassinas vai virar musical, a estreia deve acontecer em 2014. (fonte: Omelete)
* Gabriel Triani, baterista que substituiu Edu Cominato de 2009 a 2013, deixou a banda paulistana Tempestt para dar lugar a Edu Cominato. (fonte: Roadie Crew)
Vídeo do dia.
Confira a música "The Takedown" com o grupo Girl on Fire:
(fonte: Youtube)
Dica de CD: The Oracle (Godsmack)
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