A noite de sábado trazia ao algumas opções: Black Label Society, Nazareth e Capital Inicial. O último foi descarto por ser fichinha carimbada, o segundo por se apresentar em Macaé e me obrigar a viajar três horas para assistir, deixando como opção óbvia o show do BLS. Depois de quase uma semana após a furiosa e pirotécnica apresentação do KISS no Rio (ver resenha), subiu ao palco do Vivo Rio o grupo Black Label Society. O grupo liderado por Zakk Wylde, ex-guitarrista de Ozzy Osbourne, prometia um apresentação bem interessante. A banda que é atualmente formada, além de Zakk, por John DeServio (baixo), Nick Catanese (guitarra) e Chad Szeliga (bateria), levou um bom público ao Vivo Rio e teve como abertura o grupo carioca Tamuya Thrash Tribe.
O grupo carioca fez um set curto, de aproximadamente 30 min, mostrando um som pesado e com bons riffs. Alguns ajustes na banda são necessários, mas a apresentação foi boa. Depois da banda de abertura, chegava a vez da atração da noite subir ao palco. Diferente de outros shows na casa, uma cortina vermelha impedia a visão do palco. Essa tática se mostrou bem interessante e depois dos primeiros acordes de "Godspeed Hell Bound" as cortinas se abrem e a banda já está no palco trazendo um som avassalador. A primeira música já mostrou que a banda estava bem afiada e que a noite prometia. O visual de Zakk lembrar um motoqueiro dos filmes americanos e o pedestal do microfone é o que podemos de chamar de genuinamente heavy metal, com caveiras e crucifixos fixados.
Aproveitando da acústica perfeita da casa, a banda apresentou um show de qualidade. Com riffs furiosos Zakk mostra toda qualidade musical que possui e simplesmente destrói os tímpanos do público com a faixa "Bleed for Me". Depois de seis porradas metálicas, um momento inusitado com Zakk assumindo o piano e fazendo um pequeno solo para depois trazer a bela "In This River". Quase na metade do show é que Zakk se dirige ao público e apresenta a banda. Não sei se fui o único, mas meu inglês deve estar desatualizado ou ele fez essa apresentação em outro idioma. Foram quase grunhidos Voltando ao show, após "Forever Down", que teve várias bolas bolas de gás pretas é lançadas sobre o público, o músico faz um solo destruidor de quase 10 min. Uma aula de como se faz heavy metal e que merecia ser acompanhada por muitos guitarristas.
O grupo foi passando por faixas como: "Overlord" e "Suicide Messiah", até finalizar com "Stillborn" que foi cantada em uníssono por todos os presentes. Diferente de outros shows não houve bis, mas tenho certeza que ninguém reclamou. Depois de um set matador e com uma aula de heavy metal, não havia do que reclamar. Nota 10.
Setlist BLS:
01. Godspeed Hell Bound
02. Destruction Overdrive
03. Bored to Tears
04. Berserkers
05. Bleed for Me
06. The Rose Petalled Garden
--. Solo de Piano
07. In This River
08. Forever Down
--. Solo de Guitarra
09. Parade of the Dead
10. Overlord
11. The Blessed Hellride
12. Suicide Messiah
13. Concrete Jungle
14. Stillborn
PÚBLICO CHEGA EM CIMA DA HORA
E CREED ENCHE O CITIBANK HALL.
O grupo Creed subiu ao palco do Citibank Hall, na última sexta-feira, para sua primeira apresentação em solo carioca. A banda que retornou as atividades em 2009 com o álbum "Full Circle", depois de um hiato de cinco anos, não me fez crer que ela levaria um bom público. Na realidade acho que nem a produção do show e do Citibank esperavam um bom público, visto que os "clássicos" panos pretos foram estrategicamente colocados ao fundo da casa para dar a impressão de espaço reduzido. Inicialmente a ideia se mostrou bastante interessante, pois até 20 min antes do início do show apenas um público razoável se encontrava dentro do Citibank. Pode parecer estranho, mas acho que o público comprou ingresso em cima da hora e um bom público tomou as dependências da casa e os panos pretos tiveram que ser retirados.
Foi nesse cenário que o Creed, que não é exemplo de virtuosismo, subiu ao palco para executar seus sucessos e faixas do seu último e pouco recente trabalho de estúdio. O que se viu durante a quase 1 h e 30 min de apresentação foi um Scott Stapp mantendo a potência vocal sem grandes problemas, um excelente trabalho de Brian Marshall no baixo e um grupo que se esforçou para agradar. Os guitarristas deviam assisitir ao show do Black Label Society e aprender um pouco com Mr. Zakk Wylde. Tirando a limitação dos músicos o som da casa ajudou e sem problemas técnicos o público, formado por fãs entre 15 e 30 anos, vibrou com os sucessos: "Higher", "My Sacrifice", "One Last Breath", "With Arms Wide Open e "One" . Um show para fechar a semana e indicado apenas para os fãs.
Setlist:
01. Are You Ready?
02. Torn
03. Wrong Way
04. What If
05. Unforgiven
06. My Own Prison
07. A Thousand Faces
08. Bullets
09. Say I
10. Faceless Man
11. What's This Life For?
12. One
13. Higher
bis:
14. With Arms Wide Open
15. One Last Breath
16. My Sacrifice