sábado, 4 de junho de 2011

Noite de Rock Teatral no Rio!

Depois que você vai a certos shows na sua vida, é um tanto complicado fazer uma análise correta de apresentações posteriores a ela. Estou dizendo isso, pois enquanto me encaminhava para o ver a apresentação do Alice Cooper ficava imaginando que depois de ver Paul McCartney tudo estaria a muitos anos luz. Quando cheguei ao Via Parque, por volta das 20 h e 30 min, fiquei um tanto preocupado pelo fraco público presente para o show. Não se viam filas e poucas pessoas esperavam o início marcado para as 22 h. Ao entrar no Citibank Hall, percebi que existia um pequeno público entre fraco e razoável nas dependências da casa. Muito pequeno, mas acima da minha expectativa de 500 pessoas, acho que tinham presentes algo entre 800 e 1.000 pessoas. As luzes se apagam as 22 h e 10 min e a expectativa da galera sobe. Com um pano bloqueando a visão da platéia para o palco, Alice Cooper e sua banda começam a apresentação com a faixa "The Black Widow". O pano cai e mostra um palco pra lá de interessante e com Cooper em uma estrutura, parecendo uma torre, vestido com uma jaqueta com patas de aranhas.
A entrada já mostrava que além de musical a apresentação, como de se esperar, traria um impacto visual. Na primeira faixa, faíscas saiam das mãos de Alice. A segunda da noite é "Brutal Planet", que traz com ela "I’m Eighteen" e "Under My Wheels". Alice não aparentar ter mais de 60 anos. Com uma presença de palco incrível, o vocalista mostra por que é referência para muitas bandas do gênero. A quinta música da noite é "Billion Dollar Babies", do álbum de mesmo nome, e que fez Alice distribuir notas de um dólar com a sua cara. Fiquei com inveja de quem pegou. O pequeno público presente agitava bastante e cantava as faixas com grande empolgação. A noite continua com "No More Mr. Nice Guy" e com uma daquelas que fez todos cantarem "Hey Stoopid". Estávamos com um terço de show e aquela comparação com o show de Paul McCartney nem passava pela minha mente. Eu que tinha chegado cansado depois de uma semana de trabalho e com uma baita dor de cabeça ao Via Parque, não sentia mais nada. Devo ter tinha sido abençoado pelo poder do Rock e estava completamente hipnotizado pela apresentação de Cooper.
A banda que acompanha o vocalista merece alguns comentários. A banda conta com três guitarristas no palco: Steve Hunter, que já tocou com feras como Peter Gabriel, Lou Reed e David Lee Roth, Tommy Henrik e Damon Johnson, um baixista furioso, Chuck Garrick, e na bateria Glen Sobel, que fez trabalhos de apoio com Chris Impellitteri e Cypress Hill. A banda dá conta do recado e acompanha com bastante energia a apresentação de Cooper. Os solos são acompanhados por uma "base" forte que dá mais peso a cada música. A noite segue com a viagem até o início dos anos 70 com "Is It My Body", "Halo of Flies", "Muscle of Love" e "Only Women Bleed". Essa foi para deixar qualquer fã de queixo caído. Aliás, fãs na maioria de cabelos brancos e que estavam ali matando saudade da juventude perdida. A décima terceira da noite é "Cold Ethyl", que traz com ela "Feed My Frankenstein" onde Alice trouxe para o palco um boneco com suas faces e como se fosse um "Frankenstein". Sensacional. Tia Alice realmente sabe como fazer um verdadeiro espetáculo.
A apresentação se encaminha para o final e claro alguns clássicos não podem faltar: "Clones (We’re All)", "Poison", essa cantada de forma alucinante pela maioria dos presentes e que é uma das minhas preferidas, "Wicked Young Man", "Killer" e "I Love the Dead", que traz com ela um dos momentos mais esperados da noite que é ver Cooper ser decapitado em pleno palco (veja o vídeo abaixo retirado do Youtube). A última antes do bis é um dos maiores sucessos de Alice Cooper: "School’s Out", que contou com trechos de "Another Brick In The Wall" do Pink Floyd, fazendo um "encore" dos mais interessantes. Arrebatador. Para o bis Cooper volta com a camisa da seleção brasileira e com a bandeira do Brasil em punho, finalizando com "Elected" e com "Fire" de Jimi Hendrix. Uma baita apresentação para um público, mais uma vez, reduzido.
Setlist:
01. The Black Widow; 02. Brutal Planet; 03. I’m Eighteen; 04. Under My Wheels; 05. Billion Dollar Babies; 06. No More Mr. Nice Guy; 07. Hey Stoopid; 08. Is It My Body; 09. Halo of Flies; 10. I’ll Bite Your Face Off; 11. Muscle of Love; 12. Only Women Bleed; 13. Cold Ethyl; 14. Feed My Frankenstein; 15. Clones (We’re All); 16. Poison; 17. Wicked Young Man; 18. Killer; 19. I Love the Dead; 20. School’s Out/Another Brick In The Wall (part II)/School’s Out.
Bis:
21. Elected; 22. Fire.


Ps: Clique nas fotos para ampliar.

Pain of Salvation: Hoje no Hard Rock Café!
Local: Hard Rock Café
Horário: 18:30 (isso mesmo, seis e meia da noite)
Endereço: Shopping Cittá América - Av. das América, 700 - 3º andar - Barra da Tijuca
Ingressos: R$ 140,00 na hora.

Curtas!
* Os fãs de Aerosmith podem ir preparando a grana, pois os ingressos para a apresentação custam R$ 220 (pista normal) e R$ 500 (pista premium) e começam dia 15 de junho para o público em geral. (fonte: UOL)

* O grupo Erasure vem ao Brasil para cinco shows em agosto. As datas são: 04/08 Brasília, 06/08 Rio de Janeiro, no Citibank Hall, 07/08 Belo Horizonte, 09/08 São Paulo e 11/09 Porto Alegre. (fonte: Omelete)

* O próximo disco de inéditas do Anthrax, 'Worship Music', tem previsão de chegar às lojas em setembro, nos dias 12 (Europa) e 13 (EUA). (fonte: Guitar Player)

Vídeo dica!
Deixo aqui a música "Linoleum" com o grupo Pain of Salvation, que se apresenta hoje no Rio de Janeiro. Confira:
(fonte: TicketBrasil)

Dica Musical: Back To the Trenches (Nazareth)

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