segunda-feira, 16 de maio de 2011

Resenha Ian Anderson.

Parece chato, mas terei mais uma vez que começar minha resenha reclamando de algo. A noite de ontem podia ser perfeita, mas ela foi apenas ótima. Dois motivos: o primeiro deles foram dois sujeitos mal educados que simplesmente não paravam de falar, fazendo conversas paralelas quase gritando, durante o show. Isso me obrigou mudar de lugar, pois estava incomodo demais. O segundo motivo, foi o uso de cigarro de algo muito fedorento em local fechado. Pelo que sei, o fumo em local fechado é proibido e mesmo após pedir ao segurança para fazer algo a resposta foi: "O senhor pode ir para outro lugar". Bom, pelo visto tenho que me conformar demorar num país de terceiro mundo e numa cidade onde mais da metade da população não possui educação adequada. Depois desse relato chato, vamos falar do que interessa. Com o show marcado para as 20 h, cheguei ao Citibak Hall com 10 min de antecedência. O lugar foi preparado com cadeiras, mostrando que o show era para se deliciar. A casa não estava com todos os lugares ocupados, mas apresentava um bom público para ver o líder do Jethro Tull. A apresentação começou com 20 min de atraso, com Ian Anderson acompanhado dos músicos: Florian Opahle (guitarra), Scott Hammond (baterista), John O’Hara (teclado) e David Goodier (baixista), trazendo a faixa "Living In The Past". Execução pra lá de perfeita. O público apesar ser predominantemete mais maduro, na casa dos 40 anos, percebi muitos jovens que estava ali vendo o líder do JT pela primeira vez. A segunda da noite foi "A New Day Yesterday", seguida de "Up to Me". Com uma vitalidade incrível, Ian nem parece ter 63 anos de idade, se mostrou bem a vontade e sempre falava bastante entre as músicas. A quarta faixa da noite foi "Hare In The Wine Cup", seguida por um momento instrumental que mostrou toda a capacidade da banda que o acompanha. A belíssima "Songs From The Wood" foi a sexta faixa da noite, sendo aplaudida de pé pelo público. A noite continuou com "Prelude em C maior", de Bach, que foi precedida com Ian dizendo que era fã do trabalho do compositor, sendo uma introdução para a faixa "Bourée". Antes de trazer a nona faixa da noite, Ian relembrou algumas bandas de rock progressivo dos anos setenta, como Genesis, King Crimson e Emerson, Lake & Palmer, mostrando adimiração pelo trabalho delas, para logo após trazer "Thick as a Brick". FANTÁSTICO! Novamente, mais uma do compositor Bach, "Tocata e Fuga em Dó menor" que foi executada apenas pelo guitarrista Florian Opahle. Falando de Ophale, esse rapaz que tem origem musical na música clássica, mostrou que é um músico de talento. O que seria fácil de esperar, pelo fato de já ter trabalhado com Greg Lake, Al di Meola e Bill Evans entre outros. Outro músico da banda que me deixou impressionado foi Scott Hammond, que motrou toda sua influência de jazz fazendo uma batida suave e bem encaixada em cada umas das músicas. Com o show indo para o seu final, são trazidas "A Change Of Horses" e " My God", sendo que nessa última o líder do JT simulou uma distensão muscular e arrancou risos da platéia presente. Nessa faixa também ficou claro que Ian e sua flauta são quase um único ser, apesar de mostrar toda sua versatilidade com instrumentos de corda durante a apresentação é com a flauta que Ian mostra toda sua habilidade. A penúltima da noite foi "Budapest", presente no álbum "Crest of a Knave" de 1987, e uma daquelas mais bonitas da carreira da banda. A última antes do bis é a esperada "Aqualung", que recebeu uma versão um pouco maior e também um pouco mais lenta. Apesar da mudança, gostei muito e acho que a maioria também. No início do bis, o público se levantou e foi para perto do palco ficando mais próximo e pode cantar perto do dos músicos "Locomotive Breath". Uma noite agradável e com música de qualidade, deixando claro que Ian Anderson é o Jethro Tull. Set list: 01. Living In The Past (Jethro Tull); 02. A New Day Yesterday (Jethro Tull); 03. Up to Me (Jethro Tull); 04. Hare In The Wine Cup; 05. Instrumental; 06. Songs From The Wood (Jethro Tull); 07. Prelude em C maior (Bach); 08. Bourée (Jethro Tull); 09. Thick as a Brick (Jethro Tull); 10. Tocata e Fuga em Dó menor (Bach); 11. A Change Of Horses; 12. My God (Jethro Tull); 13. Budapest (Jethro Tull); 14. Aqualung (Jethro Tull). Bis: 15. Locomotive Breath (Jethro Tull).


Tears for Fears no Brasil!
A dupla de rock formada por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo), voltará ao Brasil esse ano. São seis datas agendadas até o momento, confira:

04/10 Porto Alegre-RS
Local: Pepsi On Stage

06/10 São Paulo-SP
Local: Credicard Hall

08/10 Rio de Janeiro-RJ
Local: Citibank Hall

09/10 Belo Horizonte-MG
Local: Chevrolet Hall

11/10 Brasília-DF
Local: Centro de Convenções

15/10 Fortaleza-CE
Local: Siara Hall
(fonte: UOL)

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