Para contar sobre a apresentação do Iron Maiden no Rio ontem (28/03), precisamos retornar até o domingo a noite (27/03). Um enorme fila que se formava fora da casa de show onde se realizaria a apresentação a donzela, já dava conta que as coisas não estavam organizadas de forma conveniente. Enquanto em São Paulo os portões foram abertos com muitas horas de antecedência, no Rio menos de uma hora antes da banda de abertura subir ao palco os portões ainda continuavam fechados. Esse atraso na abertura dos portões fez com que muitas pessoas não assistissem a apresentação do Shadowside. Uma pena, pois o grupo recentemente realizou uma série de apresentações ao lado do grupo W.A.S.P. na Europa e sua apresentação rolou com apenas um terço da capacidade do total da casa de show, em função exclusivamente da total desorganização da casa. O tempo que a banda tocou mostrou boa qualidade e boa movimentação. Não farei outros comentários, pois também entrei com a apresentação em andamento. Terminada a apresentação do Shadowside, a grande atração da noite estava pronta para o espetáculo. Com a casa completamente lotada, a banda sobe ao palco com quase 40 minutos de atraso em relação ao horário previsto que era de 20 h 30 min. Depois de um vídeo mostrando imagens do espaço e de Eddie, ao som de "Satellite 15", a banda introduz "The Final Frontier". Isso durou menos de um minuto, pois nesse momento a grade que separava o grande público da pista vip, que de vip não tem nada, tombou e o vocalista Bruce Dickinson sem mais cantar espera apenas a finalização da parte instrumental. Em função do acontecido, Bruce informa o ocorrido para o público em geral e avisa que a banda retornará em 10 min para continuação do show. Depois de muitas batidas, uso de barras de ferro e marteladas o vocalista Bruce Dickinson retorna 20 min depois, com uma mulher (ligada à produção imagino) de nome Fabiana que deveria ter traduzido o que ele pretendia falar ao público. Ela nem precisou dizer nada, pois todos entenderam que a grade havia quebrado e que em função disso, para que ninguém saísse ferido, o show seria transferido para o dia seguinte. Mesmo com muitas reclamações, não teve jeito e muitos saíram da casa de show revoltados. A segunda feira começa com a frustação dos que não veriam o Iron e com a ansiedade daqueles que não sabia o que poderia acontecer a noite, com o show reprogramado para as 21 h. Depois de uma viagem de 3 h e 25 min entre o meu trabalho e a casa de show na Barra, percebi que alguns erros ainda aconteciam. Só eram permitidos estacionar dentro da Arena que, tivesse o ticket de estacionamento do dia anterior, fazendo com que muitos que tivessem ido de carro ficassem revoltados. Não sei como as coisas foram resolvidas depois que entrei, mas mostra a total incapacidade de um lugar como esse realizar shows internacionais desse porte. Quando entrei, percebi que o público não seria o mesmo da noite anterior. Mesmo com a paixão dos fãs pela banda, os compromissos profissionais, estudantis e pessoais não permitiram que muitos pudessem presenciar a apresentação. Outro detalhe ficou por conta da grade de proteção quebrada na noite anterior, que parecia ter sido trocada por outra mais resistente. Era inegável que muitos estavam preocupados com o que poderia acontecer. Dessa vez a noite não conta com a abertura do grupo Shadoside, mas mesmo assim o atraso ocorreu. As 21 h e 15 min a apresentação começa, novamente com um vídeo introdutório e depois com a execução na integra de "The Final Frontier". O público vai ao delírio e mostra que tinha valido a pena para todos ali presentes o trânsito infernal enfrentado para chegar a Barra. Com um palco que lembrava uma base espacial a banda emenda em "El Dorado" e a faixa "2 Minutes to Midnight", que após sua execução mereceu uma frase pra lá de irônica de Bruce dizendo que era bom ver todos lá novamente e que além de uma platéia incrível, também existia uma grade nova, que não tinha sido pago nem por eles e nem pelo público, mas sim pou um FDP logo o público podia aproveitar. O primeiro terço da noite segue com "The Talisman" e "Coming Home". Seguindo a risca o set list de apresentações anteriores, a banda segue com a excelente "Dance of Death" e, com Bruce vestido com traje de soldado inglês e carregando a bandeira do Reino Unido, com a faixa "The Trooper", que foi cantada por todos presentes. Bruce e Harris continuam com boa movimentação no palco, apesar da idade, enquanto os guitarristas continuam solando como sempre e com participação de palco bem discreta. Exceção de Janick Gers, que faz algumas estripulias em alguns momentos. A noite continua com a fantástica "The Wicker Man", e depois com a bela "Blood Brothers" que foi dedicada as vítimas do terremoto e do tsunami no Japão e nos conflitos na Líbia. Com a apresentação indo para o seu final, a banda traz "When the Wild Wind Blows" faixa que finaliza o novo álbum da banda. Um dos momentos mais esperados da noite acontece com a décima primeira música da noite "The Evil That Men Do", do disco "Seventh son of a seventh son", que trouxe o monstro Eddie para o palco para delírio de todos os presentes na Arena. É impressionante como a cada turnê "Eddie" fica maior e se movimenta mais. Fantástico! Para levantar ainda mais o público a noite segue com "Fear of the Dark", que parece ser a preferida dos fãs, para ser finalizada com a faixa "Iron Maiden", que apresentou outro "Eddie" atrás do palco e deixou todos de boca aberta com seu tamanho. O público foi ao delírio. Depois de um pequeno intervalo, a banda retorna para o bis e com introdução de "Woe to you O earth and sea for the Devil sends the beast...." e com uma figura de um bode de olhos vermelhos no alto a banda traz "The Number of the Beast". Depois do petardo, são trazidas "Hallowed Be Thy Name" e finalmente com "Running Free". O publico ficou na expectativa de um segundo bis, que não aconteceu mas que poderia ter rolado em função de tudo que ocorreu. Às vezes acho, por já ter assistido oito apresentações da banda no Brasil, que o Iron segue muito a risca o seu set list. Algumas mudanças seriam bem vindas e acho que o público ficaria mais satisfeito. Mesmo assim, a noite foi perfeita. Set list:
(fonte: Dailymotion) Dica Musical: Score 20th Anniversary World Tour (Dream Theater)
01. Satellite 15… The Final Frontier; 02. El Dorado; 03. 2 Minutes to Midnight; 04. The Talisman; 05. Coming Home; 06. Dance of Death; 07. The Trooper; 08. The Wicker Man; 09. Blood Brothers; 10. When the Wild Wind Blows; 11. The Evil That Men Do; 12. Fear of the Dark e 13. Iron Maiden
Bis: 14. The Number of the Beast; 15. Hallowed Be Thy Name e 16. Running Free. Curtas! * Os donos de um site da Califórnia, que vendia músicas dos Beatles por US$ 0,25 antes que elas fossem vendidas legalmente por meio do iTunes, concordaram em pagar à gravadora da banda, a EMI Group, o valor de US$ 950 mil para encerrar um processo contra infração de direitos autorais. (fonte: Terra) * A nova turnê do Deep Purple, chamada de "A Night With Deep Purple And The Songs That Built Rock," terá a banda se apresentando nos EUA apoiada por uma orquestra sinfônica de 30 componentes. Será que essa turnê passa por aqui?
(fonte: KISS FM) * O Bluetones deve encerrar suas atividades este ano. A banda britânica anunciou uma turnê de despedida para setembro. Depois disso, encerra a carreira iniciada em 1993. (fonte: Guitar Player)
Vídeo dica! Deixo aqui a música "Night Eternal" com o grupo Moonspell. Confira:(fonte: Dailymotion) Dica Musical: Score 20th Anniversary World Tour (Dream Theater)
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