segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Aposta no passado.

Em noite de tributo ao Iron Maiden, Blaze aposta nos sucessos de sua antiga banda e faz bom show no Rio de Janeiro.
Quase um ano após sua passagem pelo Rio de Janeiro (veja resenha aqui) o vocalista Blaze Bayley voltava a cidade para com a turnê do seu mais recente álbum, intitulado "Soundtracks of my life". Ao contrário das apresentações anteriores Blaze não veio com a banda completa, sendo acompanhado do músico Thomas Zwijsen e de três músicos brasileiros, integrantes da banda cover "The Best Maiden Tribute BR": Lennon Biscasse (baixo), Lely Biscasse (guitarra) e Guto Franceschet (bateria).
Antes do ex-Maiden subir ao palco, foi Thomas que começou as atividades da noite. Muito bem humorado o músico belga subiu ao palco por volta de 21 h com seu violão trazendo a música "Aces High", grande hit do Iron Maiden, e que teve uma recepção inicialmente tímida por parte do público presente no Teatro Odisséia. Acho que a galera demorou a entender o que estava acontecendo, mas empolgou e cantou até o final. Depois do gelo quebrado, o público ficou mais receptivo e recebeu bem mais dois sucessos da donzela: "Fear of the Dark" e "Run to the Hills". As músicas ficaram com arranjos excelentes e acho que Thomas pode ser considerado uma referência na execução acústica da obra do Iron Maiden. O músico apresenta uma técnica muito apurada e isso ficou evidente na música "Behind Blue Eyes", do grupo The Who, que ganhou um merecido coral do público presente. O set acústico foi finalizado com mais um sucesso do Iron: "Blood Brothers". Um excelente início. 
Setlist (acústico) Thomas Zwijsen
01. Aces High (cover de Iron Maiden)
02. Fear of the Dark (cover de Iron Maiden)
03. Run to the Hills (cover de Iron Maiden)
04. Behind Blue Eyes (cover deThe Who)
05. Blood Brothers (cover de Iron Maiden)

Nem bem Thomas terminou o seu set o palco foi recebendo os demais músicos para começar a noite plugada. A apresentação da noite começou com a música "Lord of the Flies", que na minha humilde opinião fica perfeita na voz de Blaze e essa música especificamente fica melhor com ele do que com Bruce Dickinson. Com o som do Teatro Odisséia tinindo Blaze trás do seu primeiro álbum a faixa o petardo "The Launch", cantada com uma fúria avassaladora. As duas primeiras faixas já mostravam que as músicas mais antigas fariam parte do repertório da noite e isso ficou claro com: "Futureal" e "Judgement of Heaven", ambas da sua fase no Iron Maiden. 
O pequeno, mas barulhento público presente, cantou cada uma das faixas em uníssono. Uma das coisas que percebo quando vou as apresentações do cantor é a fidelidade dos fãs ao seu trabalho, pois independente da música e do álbum elas são cantadas por quase todos os presentes. Na quinta música da noite, "The Brave", que também faz parte do álbum "Silicon Messiah" de 2000, Blaze usou e abusou da sua capacidade vocal. Aliás o espetáculo da noite não ficou apenas por conta de Blaze, Thomas Zwijsen, que fez a abertura acústica da noite, simplesmente destruía em cada música. O guitarrista mostrou que não é apenas no violão que suas qualidades aparecem, abusando de solos competentes e de uma performance precisa durante a apresentação. A banda de apoio, formada pelos irmãos Biscasse e Guto Franceschet não deixou a peteca cair e fez o que se esperava dela: Não comprometeu. Se os irmão Biscasse foram mais abusados durante a noite o baterista Guto podia ter explorado mais o instrumento, sendo um pouco mais explosivo em certas músicas. A sexta música da noite foi uma das minhas preferidas da carreira de Blaze, seja ela no Iron ou em sua fase solo: "Como Estais Amigos", que ganha uma interpretação emocionante de Blaze. 
Algo que precisa ser destacado é que Thomas Zwijsen e Lely Biscasse, incorporaram Murray e Gers, para deixar a música simplesmente perfeita. A metade da apresentação chega ao som da música "Stare at the Sun", também presente no primeiro álbum do cantor" e com mais uma do Iron: "Lightning Strikes Twice". Uma das coisas legais das apresentações de Blaze é poder escutar faixas que hoje em dia são esquecidas pela sua antiga banda. Voltando a sua carreira solo a música "Robot", faixa com características de Thrash e presente no álbum "Man Who Would Not Die" de 2009, mostra que o poder musical de Blaze passa desde o metal mais tradicional até a linha mais pesada do estilo.
Além da potência vocal de Blaze, algo que me impressiona em suas apresentações é sua comunicação com o público. Ele deixa de lado as coisas mais folclóricas e mostra realmente emoção ao se dirigir aos fãs. Seja para agitar o público durante o show ou mesmo agradecer pelo apoio dos fãs em sua carreira solo. As duas música seguintes, apesar de fazerem parte da sua época de Iron, tem pontos distintos. Enquanto "Virus" faz parte apenas de um single da banda, sendo pouco conhecida até pelos fãs da Donzela, "Sign of the Cross", apesar de um tanto menosprezada por parte dos fãs, é uma das grandes canções de sua época a frente do grupo britânico por possuir cadência e uma quebra de ritmo de qualidade. A volta a carreira solo ocorre com a excelente "Soundtrack of My Life" e "The King of Metal", nome do álbum lançado em 2012, onde Blaze disse que os verdadeiros reis do metal são seus fãs. A noite é encerrada com três músicas da época de Iron Maiden: "The Clansman", 'Man on the Edge" e "The Angel and the Gambler". Ao final do show, Blaze como de costume atendeu todos os fãs para fotos e autógrafos. 
Setlist Blaze Bayley
01. Lord of the Flies (cover de Iron Maiden)
02. The Launch 
03. Futureal (cover de Iron Maiden)
04. Judgement of Heaven (cover de Iron Maiden)
05. The Brave 
06. Como Estais Amigos (cover de Iron Maiden)
07. Stare at the Sun 
08. Lightning Strikes Twice (cover de Iron Maiden)
09. Robot 
10. Virus (cover de Iron Maiden)
11. Sign of the Cross (cover de Iron Maiden)
12. Soundtrack of My Life 
13. The King of Metal 
14. The Clansman (cover de Iron Maiden)
15. Man on the Edge (cover de Iron Maiden)
16. The Angel and the Gambler (cover de Iron Maiden)

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