O pequeno, mas fiel, público carioca que esteve no Hard Rock Café foi brindado na noite de quinta-feira com a presença da banda oitentista L.A. Guns e de Joe Lynn Turner, ex-vocalista do grupos Rainbow e Deep Purple. As apresentações começaram com pontalmente as 22h, com a subida ao palco do L.A. Guns. A banda que veio a Rio trouxe em sua formação Tracii Guns (guitarra), Jizzy Pearl (voz), Jeremy Guns (baixo) e Chad Stewart (bateria). A banda abriu a noite com a faixa Sex Action, do primeiro trabalho da banda, com um bem constante e Jizzy mostrando boa postura de voz. A performace perfeita de "Eletric Gypsy" mostrou toda potência vocal do Jizzy, mas também a boa performace do guitarrista Tracii Guns.
O som mostrava boa qualidade, bem superior ao que geralmente ocorre no Hard Rock Café que parece não tem uma acústica lá das melhores. A terceira faixa danoite é One More Reason, presente no segundo álbum da banda, executada com brilhantismo e que trouxe ao seu final os acordes, por parte de Tracci, de Back in Black, do AC/DC. Sem perder o fôlego "Decide" mostra que a banda continua em forma. Os músicos se mostravam muito simpáticos, exceção feita ao baixista Jeremy Guns que parecia um pouco distante da banda e do público, mas que em momento algum comprometeu a apresentação. o baterista Chad Stewart pelo contrário parecia tentar compensar as coisas pelo lado da "cozinha" fazendo um bom trabalhos nas baquetas.
A banda trouxe ainda para o público as músicas "Bitch Is Back", "Never enough", "Dream time" e "Knockin' On Heaven's Door", cover do Bob Dylan e muito ligada ao Guns n' Roses. A postura da banda me impressionou bastante, com bastante interação com o público. A apresentação curta da banda contou ainda com "The Ballad of Jayne", "Black Out in the Red Room", "No Mercy" e a potente "Rip and tear". Posso afirmar que quem não chegou mais cedo e apostou que o L.A. Guns não faria uma boa apresentação saiu perdendo. Acho apenas que o show poderia ter sido um pouco mais longo.
Set list: 01. Sex Action; 02. Electric gypsy; 03. One More Reason; 04. Decide; 05. Bitch Is Back; 06. Never enough; 07. Dream time; 08. Knocking on heavens door; 09. The ballad of Janye; 10. Black out in the red room; 11. No mercy e 12. Rip and tear.
Um pouco depois das 23:00 começa a apresentação do vocalista Joe Lynn Turner. Chamados por muitos como Menudo do Rock pelo tipo de corte de cabelo, o vocalista vaio ao Rio com a promessa de trazer os clássicos das bandas que fez parte, Rainbow e Deep Purple. A primeira é "Death Alley Driver" do álbum "Straight Between the Eyes", do Rainbow e da época que Joe já fazia parte da banda. Usando um óculos escuros e sendo acompanhado praticamente pela mesma banda que tocou ao lado de Doogie White, quando este se apresentou no Brasil, o show continua com "Perfect Strangers" faixa eternizada por Gillan, mas que cai muito bem aos ouvidos quando cantada pelo Sr. Turner.
As duas músicas seguintes são da fase de Joe pelo Rainbow: "I Surrender", essa muito cantada por todos no Hard Rock, e "Street Of Dreams". A noite prossegue com a primeira homenagem de Joe ao falecido DIO: "Man On Silver Mountain", onde ao seu final o vocalista disse que o mundo do metal perdeu uma lenda, fazendo com que todos gritassem o nome de DIO. A sexta música da noite é "King Of Dreams", faixa do bom mas criticado "Slaves And Masters" do Deep Purple. A banda mostrou-se razoável, mas na minha opinião muito aquém da carreira de JLT, que já tocou com músicos como Roger Glover, Blackmore e Malmsteen entre outros, mas que devido ao barateamento da turnê se faz necessário essas situações. Deixo claro que isso não gerou nenhuma perda significativa de qualidade ao show.
O músico sempre bastante simpático e comunicativo traz a boa "Endlessly", do seu primeiro álbum solo "Rescue You", e depois da fase Rainbow "Jealous Lover", lançada apenas em um single do disco "Difficult to Cure", "Can't Let You Go", "Stone Cold" e "Can’t Happen Here". Após esses petardos a grande surpresa da noite, o vocalista canta "Stargazer" com uma perfeição absurda. A música eternizada na voz de DIO deixou a todos impressionados com a performace de JLT, fazendo com que o nome de DIO fosse novamente gritado pelo público. Para terminar a noite: "Blood Red Sky", "Highway Star" e "Long Live Rock’n'Roll/Black Night". O bis traz a pedida e belissima "Gates Of Babylon", "Spotlight Kid" música da sua fase Rainbow, finalizando com "Smoke On The Water" e "Burn".
Em uma noite com mais de três horas de muito Hard Rock, mais uma vez o público carioca decepcionou. A cena carioca se mostra cada dia mais fraca e a tendência é a perda de mercado para outras cidades onde o público realmente comparece. Fica a nota que a divulgação do show foi inexistente e isso dificulta muito.
Setlist: 01. Death Alley Driver; 02. Perfect Strangers; 03. I Surrender; 04. Street Of Dreams; 05. Man On Silver Mountain; 06. King Of Dreams; 07. Endlessly; 08. Jealous Lover; 09. Can’t Let You Go; 10. Stone Cold; 11. Can’t Happen Here; 12. Stargazer; 13. Blood Red Sky; 14. Highway Star; 15. Long Live Rock’n'Roll/Black Night.
Bis: 16. Gates Of Babylon; 17. Spotlight Kid; 18. Smoke On The Water e 19. Burn.
Curtas!
* O vocalista norueguês Jorn Lande anunciou que lançará um disco em homenagem a DIO. O álbum-tributo recebeu o nome de “Dio” e será lançado na Europa em 02 de julho. Na América do Norte o disco estará disponível em 27 de julho, via Frontiers Records. (fonte:
Rock Online)
* O Metallica anunciou através de seu site oficial que uma das próximas apresentações da turnê Big Four, que reúne Anthrax, Slayer, Megadeth e Metallica, será trasmitido para os cinemas ao redor do mundo. (fonte:
Terra)
* O cantor Bret Michaels, 47, deixou o hospital onde havia sido internado nesta semana após sentir formigamento e ter sintomas de derrame. Segundo seus representantes, o vocalista do Poison deve comparecer à final do reality show "Celebrity Apprentice", do qual ele participava, que acontece no próximo domingo. (fonte:
Folha Online)
Dica Musical: Dream Evil (DIO)
Esse ano fazem exatos 40 anos do lançamento do álbum "Let it be", o último do grupo britânico The Beatles. O disco foi gravado em janeiro de 1969, mas o seu lançamento ocorreu somente em maio de 1970. Uma verdadeira obra prima. As faixas são as seguintes:
